terça-feira, 6 de setembro de 2016

Minicurso A Padaria Espiritual e a modernidade em Fortaleza


Olá, convidamos a todos(as) para participar do Minicurso “A Padaria Espiritual e a modernidade em Fortaleza, que ocorrerá nos dias 19, 20 e 21 de outubro, durante a X Semana de Humanidades, na UFC. O minicurso tem o intuito de apresentar e discutir as representações literárias da vida moderna em Fortaleza publicadas no periódico O Pão, da Padaria Espiritual. Enfatizaremos os textos literários que tratam do cotidiano conturbado da capital cearense, tendo como palco principal a Praça do Ferreira e seu entorno. Para discutir os textos de O Pão e o contexto literário da Padaria Espiritual, trabalhamos com a categoria modernidade, do poeta francês Charles Baudelaire no ensaio “O pintor da vida moderna” (1869). O minicurso é uma atividade do projeto de extensão “O entre-lugar na literatura cearense”, orientado pela Prof.ª Dr.ª Odalice de Castro Silva, Professora Titular de Teoria literária e Literatura Comparada da UFC.
O minicurso ocorrerá nos dias 20 e 21 de Outubro, de 08:00 às 12:00 da manhã.
Inscrição no Evento para o minicurso: http://goo.gl/reieLh

Proponentes do Minicurso:
Prof. Charles Ribeiro Pinheiro (Doutorando/UFC)
Prof.ª Rafaela de Abreu Gomes (Doutoranda/ UFC);

Mais informações em:
Email: entrelugar.literaturacearense@gmail.com



EMENTA COMPLETA

A PADARIA ESPIRITUAL E A MODERNIDADE EM FORTALEZA

Autor: Prof. Me. e Doutorando Charles Ribeiro Pinheiro (UFC)
Coautora: Prof.ª M.ª e Doutoranda Rafaela de Abreu Gomes (UFC)
Orientação:  Prof.ª Dr.ª Odalice de Castro Silva (UFC)

Resumo: A cidade de Fortaleza do final do século XIX e início do século XX foi um espaço de riquíssima efervescência cultural e política. O fator gerador dessa agitação foi o rápido desenvolvimento econômico da capital cearense, em virtude da exportação de algodão para a Inglaterra, durante as décadas de 1860-1870. Ocorreu um amplo desenvolvimento material na capital, que poucos anos antes era apenas uma cidade provinciana, cujo centro econômico passou a ser a Praça do Ferreira. O desenvolvimento material da cidade foi acompanhando pelo cultural, pois a expansão do comércio em Fortaleza ensejou no progresso intelectual da província, cenário em que novas ideias e novas tendências estéticas e literárias  começaram a fermentar nas ruas, praças, cafés, livrarias, clubes, agremiações literárias. No início da década de 1890, um grupo de jovens literatos e boêmios que frequentavam o Café Java, na Praça do Ferreira, liderados por Antônio Sales, funda a Padaria Espiritual, agremiação artística e literária com o objetivo espalhar o ‘pão do espírito’ (a literatura e as artes) para todos, com o afã de agitar culturalmente a cidade, tentando tirá-la do marasmo cotidiano. Além de reuniões culturais, os padeiros editavam o jornal O Pão, espaço para publicação de textos literários e divulgação de ideias. O minicurso tem o intuito de apresentar e discutir as representações literárias da vida moderna em Fortaleza publicadas no periódico O Pão, da Padaria Espiritual. Enfatizaremos os textos literários que tratam do cotidiano conturbado  da capital cearense,  principalmente os que dialogam com o contexto sócio cultural da cidade, tendo como palco principal a Praça do Ferreira e seu entorno (os transeuntes, os cafés, os bondes, as lojas, os boêmios). Para discutir os textos do O Pão e o contexto da Padaria Espiritual, adotaremos a ideia de modernidade desenvolvida pelo poeta francês Charles Baudelaire no ensaio “O pintor da vida moderna” (1869). A ideia de modernidade é de origem estética, mas é profundamente relacionada a uma perspectiva histórica dos registros artísticos das transformações materiais e sociais pelos quais passavam as cidades europeias, no caso de Baudelaire: Paris. Traremos essa discussão para a cidade de Fortaleza,  no fim do século XIX, pois a capital tinha o desejo de se modernizar, inspirando-se nas metrópoles europeias. O minicurso é constituído por dois momentos: no primeiro momento (4 horas) será apresentada e discutida a ideia de modernidade por Baudelaire. Além do ensaio “O pintor da vida moderna”, analisaremos o conjunto de poemas que formam “Os quadros parisienses”. No segundo momento (4 horas), serão examinados os textos publicados no Jornal O pão, que expressam as singularidades da modernidade em Fortaleza, com ênfase em poemas, crônicas, ensaios, charadas, textos humorísticos. Além da ideia de modernidade de Baudelaire, contaremos com o suporte historiográfico de Leonardo Mota (1938), Dolor Barreira (1948), José Ramos Tinhorão (1966), Sânzio de Azevedo (1982) e (1996), Eduardo Campos (1985) e Sebastião Rogério Ponte (2001). Esta Oficina está vinculada ao projeto de extensão “O entre-lugar na literatura cearense”, que visa ao fomento da leitura, à divulgação e ao auxílio na formação de pesquisadores na área de literatura cearense, trabalhando com uma abordagem da História da Literatura e da Literatura Comparada, enfatizando a formação, a circulação e a recepção dos autores e de obras literárias produzidas no Ceará, debatendo a contribuição dos escritores cearenses para a formação da literatura brasileira
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