sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Edições do Romance "A fome" de Rodolfo Teófilo

"A fome" foi o primeiro romance publicado por Rodolfo Teófilo, em 1890, em que narra os tristes e chocantes acontecimentos da seca de 1877. A primeira imagem é a capa da edição de 1890. A segunda é organizada pela Academia Cearense de letras, em 1879. A terceira imagem é da edição de 2002, da coleção clássicos cearenses, pela Edições Demócrito Rocha. A última imagem é da Editora Tordesilhas, de 2011.

A Campanha Cultural “A Fome-130 anos: Rodolfo Teófilo Romancista” tem por objetivo homenagear os 130 anos de publicação do polêmico romance “A Fome” (1890), um dos responsáveis pela construção da tradição dos romances da seca na literatura brasileira, ressaltando-o como um escritor-leitor e seu contexto literário da cidade de Fortaleza.

“Este Projeto é fomentado com recursos da lei 14.017/2020 - lei Aldir Blanc - por meio da secretaria municipal da cultura de Fortaleza”.


O Caixeiro de Rodolfo Teófilo - memórias de um caixeiro

 


No livro de memórias, O caixeiro, de 1927, Rodolfo Teófilo relata a sua juventude, enquanto trabalhava como caixeiro no comércio de Fortaleza. Enquanto trabalhava o dia todo debaixo do sol quente, estudava tarde da noite, se preparando para realizar o seu sonho, o de cursar Farmácia na Faculdade de Medicina da Bahia. Enquanto trabalhava e estudava, cultivava os seus sonhos de poeta efebo e se encantava pelos versos de Casimiro de Abreu.

Para cumprir seu objetivo, cedo teve consciência de que “só o livro me podia libertar. Devia estudar; mas como? Os dias eram do patrão, só dispunha eu das noites. A vida agora era mais cansada. Passava o dia na praia exposto ao sol, no serviço de algodão. Ao escurecer, sentado á carteira a copiar o borrador! Voltava ás 9 horas da noite das aulas e recolhia-me ao quarto, uma espelunca quente e com mais muriçocas do que as florestas do Amazonas. Ia preparar as lições alumiado por uma miserável vela de carnaúba, de vintém, pois não podia comprar estearina. Estudava três horas, o tempo que durava a luz. Extinta, deitava-me e adormecia pesadamente” (Teófilo, 2003. p.25-26).

O esforço foi recompensado com o diploma de farmacêutico e a vida dedicadas às letras e as ciências.

A Campanha Cultural “A Fome-130 anos: Rodolfo Teófilo Romancista” tem por objetivo homenagear os 130 anos de publicação do polêmico romance “A Fome” (1890), um dos responsáveis pela construção da tradição dos romances da seca na literatura brasileira, ressaltando-o como um escritor-leitor e seu contexto literário da cidade de Fortaleza.

“Este Projeto é fomentado com recursos da lei 14.017/2020 - lei Aldir Blanc - por meio da secretaria municipal da cultura de Fortaleza”

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Rodolfo Teófilo e a invenção da Cajuína

 


Uma das grandes realizações de Rodolfo Teófilo como cientista, químico e industrial foi a cajuína. É um aperfeiçoamento químico da antiga bebida dos povos originários do brasil: o cauim. O farmacêutico, no fim do século XIX, aplicou a técnica francesa de Appert, que consiste no processo de pasteurização do suco extraído do caju por meio do banho-maria. O liquido era fervido já embalado em garrafas de vidro lacradas. Ele deu o nome desse processo como clarificação. Ele chegou à fórmula final em 1900 e desenvolveu essa bebida no intuito de ser um substituto das bebidas alcoólicas.
A Cajuína era fabricada em sua residência no Benfica e no seu sítio em Pajuçara, onde tinha um espaço reservado para a produção, engarrafamento e rotulagem. Como industrial, ele conquistou, na Exposição Nacional do Rio de Janeiro, em 1908, Medalha de Ouro pela excelente qualidade da Cajuína.
Na imagem, esse é um dos inúmeros cartazes de propaganda da cajuína que eram veiculadas em diversos jornais do Ceará e do Nordeste.
Para conhecer mais sobre a Cajuína, conferir o documentário “Arquivo.DOC A cajuína”, produzido pela TV Assembleia do Ceará, em 2020.
Não percam!



segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Bate-papo Campanha A fome 130 anos: Rodolfo Teófilo Romancista

 


Não percam no próximo domingo, dia 31/01/2021, uma interessante Live que faz parte da Campanha Cultural “A Fome-130 anos: Rodolfo Teófilo Romancista” tem por objetivo homenagear os 130 anos de publicação do polêmico romance “A Fome” (1890), um dos responsáveis pela construção da tradição dos romances da seca na literatura brasileira. O evento virtual conta com a participação do Prof. Dr. Charles Ribeiro Pinheiro (professor, roteirista, coordenador do projeto e pesquisador de literatura cearense) e da Profa. Ma. Lílian Martins (Jornalista, professora, pesquisadora e coordenadora de conteúdo do Curso de extensão em Literatura Cearense, da Fundação Demócrito Rocha), com a tradução em Libras por Liliana Ripardo Alves (Pedagoga e interprete e tradutora de Libras pela APILCE (2009 -2011), participante de várias coletâneas de obras literárias e idealizadora do projeto Literatura & Libras.


A Campanha Cultural “A Fome-130 anos: Rodolfo Teófilo Romancista” ocorre desde dezembro de 2020 por meio de um curso; que abordou questões interessantes e relevantes do romance A fome, ressaltando Rodolfo Teófilo como um escritor-leitor; postagens, vídeos e o lançamento de um almanaque digital gratuito (de autoria de Charles Ribeiro Pinheiro e arte por Luís XIII), que se utiliza da linguagem visual das histórias em quadrinhos, como forma de ampliar a divulgação do referido romance e as demais obras ficcionais de Rodolfo Teófilo.

O Bate-papo será transmitido ao vivo pelo Canal do Youtube do prof. Charles Ribeiro Pinheiro. Durante a live, será lançado o “Almanaque A fome 130”, revista digital com arte do quadrinista Luís XII e pesquisa e textos por Charles Ribeiro Pinheiro.
Até lá!

“Este Projeto é fomentado com recursos da lei 14.017/2020 - lei Aldir Blanc - por meio da secretaria municipal da cultura de Fortaleza”.



quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Dia do Leitor - 7 de janeiro

 


Hoje é o dia do leitor, data que nos lembramos que a leitura do texto literário é um dos vetores fundamentais para o desenvolvimento do indivíduo na sociedade. O livro é tanto cultural pela abundância e poder da palavra escrita, quanto social pelas interações com a sociedade e o universo escolar necessários ao seu aprendizado. Mas, para que desenvolvimento sociocognitivo ocorra, exige-se um compromisso do leitor na construção do sentido dos textos. É um processo vivo e dinâmico que se baseia em um diálogo entre o leitor e o texto, segundo Mikhail Bakhtin. O relacionamento íntimo resultante pode ser fonte de prazer, mas também de frustrações e confrontos com ideias que perturbam a visão de mundo de cada leitor. É também graças às “contradições” entre leitor, autor e texto que as habilidades do leitor crítico são desenvolvidas.
A criação literária é uma atividade exclusivamente humana, nascida do desejo atemporal do homem de compreender, expressar e, finalmente, compartilhar experiências. A literatura se manifesta como um artefato estético concreto, ou seja, ela precisa de um suporte linguístico, tal como um livro, um papel, uma revista, jornal, ebook, hipertexto. Um dos aspectos mais atraentes da literatura é sua relação com a experiência humana. Ler é um ato de engajamento e participação, e também, simultaneamente, um ato de esclarecimento e descoberta, de acordo com Paulo Freire. Os personagens literários nos oferecem acesso imediato a uma ampla gama de experiências humanas que de outra forma nunca poderíamos conhecer. Como leitores, observamos a vida privada e pública desses personagens e nos tornamos a par de seus pensamentos, sentimentos e motivações mais íntimas. O prazer estético da leitura pode nos proporcionar conhecimento e criticidade. Então, viva a leitura!