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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Sugestão de Leitura acerca do texto de Borges

Caros amigos e amigas. Sobre a leitura do texto, “Kafka e seus precursores”, para o próximo encontro, sugiro, para esclarecer mais a discussão, a leitura dos textos do escritor theco Franz Kafka. Sobre o outro texto de Borges, é óbvio o outro livro que é sugerido para a leitura.
A seguir, uma pequena lista com os livros essenciais de Kafka. Lembrando, A metamorfose é fundamental, um dos clássicos do século XX.

UM ARTISTA DA FOME 
 A CONSTRUÇÃO 
CARTA AO PAI 
O CASTELO
CONTEMPLAÇÃO 
 O FOGUISTA
UM MÉDICO RURAL
A METAMORFOSE
NARRATIVAS DO ESPÓLIO 
O PROCESSO
O VEREDICTO 
NA COLÔNIA PENAL






Historia da Literatura e as Leitura borgianas

No nosso  próximo encontro, para o estudo sobre a  História da Literatura, teremos um convidado muito especial: o escritor argentino Jorge Luís Borges. Venha percorrer as veredas do labirinto textual de Borges.






Leituras para o próximo encontro - Dia 03-12-15


3º  Encontro – 03 de Dezembro Onde está, ó Historiografia, a tua vitória?

JOBIM, J. L. “História da Literatura”. In: Palavras da crítica: tendências e conceitos no estudo da literatura. Rio de Janeiro: Imago, 1992.

Borges, Jorge Luis. “Pierre Menard autor de Quixote”. In: Obras completas de Jorge Luis Borges. Vol. 1. Vários tradutores. São Paulo: Globo, 1999. 

_______________“Kafka e seus precursores” In: Obras completas de Jorge Luis Borges. Vol. 1. Vários tradutores. São Paulo: Globo, 1999. 

Saiba mais sobre Aílton Krenak

Aílton Krenak (1953) é um líder indígena, escritor  e ambientalista. Faz parte da etnia indígena crenaque, natural da região do Médio Rio Doce, Minas Gerais. A partir da década de 1980, dedicou-se à articulação do movimento indígena. Em 1985, fundou a ong Núcleo de Cultura Indígena. Participou, em 1887, da Assembleia Constituinte. Participou da fundação da União das Nações Indígenas e do movimento Aliança dos povos da floresta. Hoje, além da sua atuação como líder indígena, é assessor para assuntos indígena no Governo de Minas Gerais.

Mais informações sobre o movimento indígena e sua tradição cultural, consultar o blog do pensador.

Blog de Aílton Krenak http://ailtonkrenak.blogspot.com.br/

Abaixo, alguns textos de Aílton Krenak, que dialogam com o início do debate do nosso curso sobre Historiografia literária. Temas para refletir sobre cultura, tradição, coletividade.

Antes, o mundo não existia Antes, o mundo não existia

O eterno retorno do encontro O eterno retorno do encontro

Apontamentos sobre o texto "Antes, o mundo não existia"


Alguns pontos e temas debatidos por Aílton Krenak, no texto “Antes, o mundo não existia”.

Informação/conhecimento X Saber (sabedoria)
Memória – registra os valores e princípios, dinâmica e poeticamente.
História- registra os fatos (história tradicional).

O homem da civilização ocidental transforma a natureza em produto, mercadoria. Nos primórdios, quando o homem tornou-se consciente de si mesmo e como parte importante da natureza, sentiu a necessidade de contar suas experiências. Então, utilizou se dos mitos para narrar suas histórias simbolicamente. Esses conhecimentos eram transmitidos às gerações futuras. 

Como a literatura, hoje, se relaciona com essa função primordial do mito?

No texto, qual o significado do termo ‘sonho’, utilizado pelo pensador?

A que "mundo" o pensador se refere no título de seu texto?

Algumas questões para uma leitura do livro Iracema


A seguir, sugiro algumas questões interessantes que permitem a reflexão do livro Iracema, de José de Alencar, que permitiu, na segunda metade do século XIX, construir uma possível identidade nacional, no caso dos nossos estudos, uma identidade cearense, por meio de um projeto ficcional. Pontos que podem auxiliar na reflexão são:

Em que tradições, José de Alencar foi beber a água para nutrir a sua imaginação ficcional?

Como a estética romântica idealizou a condição dos povos indígenas?

Como o processo de colonização do Brasil é simbolizado em Iracema?

Como o embate entre a natureza e a civilização europeia ainda permeiam a condição da sociedade cearense e a brasileira?

O romance alencarino sendo um mito moderna da fundação do nosso estado, como a compreensão de aspectos ficcionais da personagem Iracema auxilia na compreensão do homem cearense?

domingo, 22 de novembro de 2015

Representações Artísticas de Iracema


“Iracema”, 1881, óleo sobre tela, por José Maria de Medeiros. A pintura está localizada no Rio de Janeiro, no Museu Nacional de Belas Artes.

      Fonte da imagem: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Iracema_(Antonio_Parreiras,_1909).jpg
“Iracema”, 1909, óleo sobre tela, por Antônio  Parreiras. Museu de Arte Moderna, São Paulo.

“Iracema Guardiã” (2009) na Praia de Iracema, Fortaleza, Ceará. A estátua foi esculpida pelo artista plástico Zenon Barreto, inaugurada em 1996. Fotografia por Jorge Andrade. 

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Iracema#/media/File:Est%C3%A1tua_de_Iracema_de_Messejana_3.JPG
Estátua de Iracema (2004)
na Lagoa de Messejana, em Fortaleza, Ceará.  A estátua foi inaugurada em 1º de maio de 2004, dentro das comemorações dos 278 anos de Fortaleza. Foto por Mizunoryu. 

                  Fotografia por Jaqueline Aragão Cordeiro.             
Estátua de Iracema na volta da Jurema, no Mucuripe. Além de Iracema, no monumento retrata Martim Soares Moreno, que está sentado com o filho Moacir, dentro do cesto e o cachorro Jati. A estátua foi esculpida por José Corbiniano Lins e inaugurada em 24 de junho 1965. 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

LIVROS INTRODUTÓRIOS SOBRE ESTUDOS LITERÁRIOS


ARISTÓTELES, HORÁCIO E LONGINO. Poética Clássica. Trad. Jaime Bruna. 7 ed. São Paulo: Cultrix, 1997.
1982.
CANDIDO, Antônio. “O Direito à literatura”. In: Vários Escritos. São Paulo: Duas Cidades, 1995.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2002.
PORTELLA, Eduardo. Fundamento da investigação literária. Fortaleza: Edições UFC; Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1981.
SARTRE, Jean-Paul. Que é a literatura? Trad. Carlos Felipe Moisés. São Paulo. Ed. Ática, 1993.
TODOROV, Tzvetan. A Literatura em Perigo. Tradução de Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009.
EAGLETON, Terry. Teoria da Literatura: uma introdução. Trad. Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes, s.d.
SAMUEL, Rogel. Manual de Teoria Literária. (Org.) Petrópolis: Vozes, 1985.
SILVA, Victor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. 8a ed. Coimbra: Almedina, 1991.
SOUZA, Roberto Acízelo de. Teoria da Literatura. São Paulo: Ática, 1986.
WELLEK, René & WARREN, Austin. Teoria da Literatura. Trad. José Palla e Carmo. Lisboa: Europa-América, s.d.
REUTER, Yves. A Análise da narrativa: o texto, a ficção e a narração. Trad. Mário Pontes. Rio de Janeiro: DIFEL, 2002.

Leituras para o próximo Encontro Dia 19 de Novembro


2º Encontro – 19 de Novembro

Iracema: construção de um mito moderno.

Leitura e discussão dos textos:


  • ALENCAR, José Martiniano de. Iracema. São Paulo: Editora Ática, 1995.
  • KRENAK, Ailton. “Antes, o mundo não existia”. In: NOVAES, Adauto (org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
  • ASSIS, Machado. “José de Alencar: Iracema”. Obra Completa de Machado de Assis, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, vol. III, 1994.


Poema de Demócrito Rocha

Rio Jaguaribe
  
O Rio Jaguaribe é uma artéria aberta  
por onde escorre  
e se perde 
o sangue do Ceará. 
O mar não se tinge de vermelho  
porque o sangue do Ceará  
é azul ... 

Todo plasma 
toda essa hemoglobina  
na sístole dos invernos  
vai perder-se no mar. 

Poema de Paula Nei


[dedicado a FORTALEZA, Ceará, Brasil]

Ao longe, em brancas praias embalada 
Pelas ondas azuis dos verdes mares, 
A Fortaleza, a loura desposada 
Do sol, dormita à sombra dos palmares.

Loura de sol e branca de luares, 
Como uma hóstia de luz cristalizada, 
Entre verbenas e jardins pousada 
Na brancura de místicos altares.

Lá canta em cada ramo um passarinho, 
Há pipilos de amor em cada ninho, 
Na solidão dos verdes matagais...

É minha terra! A terra de Iracema, 
O decantado e esplêndido poema 
De alegria e beleza universais!

Poema de Padre Antônio Tómas



A morte do Jangadeiro

Ao sopro do terral abrindo a vela
Na esteira azul das águas arrastadas,
Segue veloz a intrépida jangada,
Entre os uivos do mar que se encapela.

Prudente, o jangadeiro se acautela
Contra os mil acidentes da jornada;
Fazem-lhe, entanto, guerra encarniçada
O vento, a chuva, os raios, a procela.

Súbito, um raio o prostra e, furioso
Da jangada o despeja na água escura
E, em brancos véus de espuma, o desditoso

Envolve e traga a onda intumescida,
Dando-lhe, assim, mortalha e sepultura
O mesmo mar que o pão lhe dera em vida.