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segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Minicurso “A Padaria Espiritual e a modernidade em Fortaleza"
Olá, convidamos a todos(as) para participar do Minicurso “A Padaria Espiritual e a modernidade em Fortaleza, que ocorrerá nos dias 20 e 21 de outubro, durante a X Semana de Humanidades, na UFC. O minicurso tem o intuito de apresentar e discutir as representações literárias da vida moderna em Fortaleza publicadas no periódico O Pão, da Padaria Espiritual. Enfatizaremos os textos literários que tratam do cotidiano conturbado da capital cearense, tendo como palco principal a Praça do Ferreira e seu entorno. Para discutir os textos de O Pão e o contexto literário da Padaria Espiritual, trabalhamos com a categoria modernidade, do poeta francês Charles Baudelaire no ensaio “O pintor da vida moderna” (1869). O minicurso é uma atividade do projeto de extensão “O entre-lugar na literatura cearense”, orientado pela Prof.ª Dr.ª Odalice de Castro Silva, Professora Titular de Teoria literária e Literatura Comparada da UFC.
Dias 20 e 21 de Outubro, de 08:00 às 12:00 da manhã, na Sala 7- Bloco Didático de História
Proponentes do Minicurso:
Prof. Charles Ribeiro Pinheiro (Doutorando/UFC)
Prof.ª Rafaela de Abreu Gomes (Doutoranda/ UFC).
Grupo de Trabalho ‘Literatura, leitura e imaginário”
Olá, convidamos a todos(as) para assistirem os trabalhos que serão
apresentados no Grupo de Trabalho ‘Literatura, leitura e imaginário”,
que ocorrerá no dia 21 de outubro (sexta), de 14h às 18h, durante a X
Semana de Humanidades, na UFC. O GT tem como objetivo discutir a
importância da leitura do texto literário para uma formação individual e
coletiva, com ênfase em aspectos estéticos, críticos, sociais e
lúdicos. O GT é realizado pelo Grupo de Pesquisa “Espaços de leitura: cânones
e bibliotecas”, coordenado pela Prof.ª Dr.ª Odalice de Castro Silva,
Professora Titular de Teoria literária e Literatura Comparada da UFC.
Venha participar desse amplo debate!
Coordenação do GT:
Prof.ª Rafaela de Abreu Gomes (Doutoranda/ UFC);
Prof. Charles Ribeiro Pinheiro (Doutorando/UFC).
Coordenação do GT:
Prof.ª Rafaela de Abreu Gomes (Doutoranda/ UFC);
Prof. Charles Ribeiro Pinheiro (Doutorando/UFC).
domingo, 9 de outubro de 2016
Todorov e sua formação pelos clássicos da literatura
Meditações GT: Literatura, leitura e imaginário
Parágrafos
iniciais da brilhante obra “Literatura em perigo”, em que Tzvetan Todorov salienta
a importância da leitura dos clássicos da Literatura Universal para a sua
formação como cidadão e como professor:
“Por
mais longe que remontem minhas lembranças, sempre me vejo cercado de livros.
Como meus pais eram ambos bibliotecários, havia sempre muitos livros em minha
casa. Meu pai e minha mãe viviam às voltas o planejamento de novas estantes
para absorver todos os novos volumes; enquanto isso, os livros se acumulavam
nos quartos e corredores, formando pilhas frágeis em meio às quais eu devia me esgueirar.
Logo aprendi a ler e comecei a devorar os textos clássicos adaptados para
jovens, ‘As Mil e Uma Noites’, os contos dos irmãos Grimm e de Andersen, ‘Tom
Sawyer’, ‘Oliver Twist’ e ‘Os Miseráveis’. Um dia, aos oito anos, li um romance
inteiro; devo ter ficado muito orgulhoso com o fato, pois escrevi em meu
diário: "Hoje, li Sobre os do Meu Avô, livro de 223 páginas, em uma hora e
meia!"
Durante
o primário e o ginásio, continuei a venerar a leitura. Entrar no universo dos escritores,
clássicos ou contemporâneos, búlgaros ou estrangeiros, cujos textos passei a
ler em versão integral, causava-me sempre um frêmito de prazer: eu podia
satisfazer minha curiosidade, viver aventuras, experimentar temores e alegrias,
sem me submeter às frustrações que espreitavam minhas relações os garotos e garotas
da minha idade e do meu meio social. Não sabia o que queria fazer da minha
vida, mas estava certo de que teria a ver a literatura”.
(Todorov,
2009, p. 15).
Antoine Compagnon e a leitura literária
Meditações GT:
Literatura, leitura e imaginário
Antoine Compagnon
"A questão central de
toda reflexão sobre a leitura literária que queira afastar-se da alternativa
subjetivismo e objetivismo, ou impressionismo e positivismo [...] é a liberdade
concedida ao leitor pelo texto. Na leitura como interação dialética entre o
texto e o leitor, [...] qual seria a parte de restrição imposta pelo texto? E
qual é a parte de liberdade conquistada pelo leitor?"
No livro “O demônio da
literatura:
literatura e senso comum, 2010, p. 144.
A Padaria Espiritual: entre lutas, livros e leituras
Arte da imagem por Santiago Régis |
Charles Ribeiro Pinheiro - Prof. Me. e Doutorando em Letras (UFC).
*Síntese da Palestra proferida no IV Seminário de Bibliotecas Comunitárias do Jangada Literária (2016).
https://www.jangadaliteraria.com/2016/09/seminario-jangada-2016.html
https://www.jangadaliteraria.com/2016/09/seminario-jangada-2016.html
terça-feira, 6 de setembro de 2016
Minicurso A Padaria Espiritual e a modernidade em Fortaleza
O minicurso ocorrerá nos dias 20 e 21 de Outubro, de 08:00 às 12:00 da manhã.
Inscrição no Evento para o minicurso: http://goo.gl/reieLh
Prof.
Charles Ribeiro Pinheiro (Doutorando/UFC)
Prof.ª
Rafaela
de Abreu Gomes (Doutoranda/ UFC);
Email: entrelugar.literaturacearense@gmail.com
Facebook: Entre-lugar na Literatura Cearense
EMENTA COMPLETA
A PADARIA ESPIRITUAL E A MODERNIDADE EM FORTALEZA
Autor: Prof. Me. e Doutorando Charles Ribeiro Pinheiro (UFC)
Coautora: Prof.ª M.ª e Doutoranda Rafaela de Abreu Gomes (UFC)
Orientação: Prof.ª Dr.ª Odalice de Castro Silva (UFC)
Resumo: A cidade de Fortaleza do final do século XIX e início do século XX foi um espaço de riquíssima efervescência cultural e política. O fator gerador dessa agitação foi o rápido desenvolvimento econômico da capital cearense, em virtude da exportação de algodão para a Inglaterra, durante as décadas de 1860-1870. Ocorreu um amplo desenvolvimento material na capital, que poucos anos antes era apenas uma cidade provinciana, cujo centro econômico passou a ser a Praça do Ferreira. O desenvolvimento material da cidade foi acompanhando pelo cultural, pois a expansão do comércio em Fortaleza ensejou no progresso intelectual da província, cenário em que novas ideias e novas tendências estéticas e literárias começaram a fermentar nas ruas, praças, cafés, livrarias, clubes, agremiações literárias. No início da década de 1890, um grupo de jovens literatos e boêmios que frequentavam o Café Java, na Praça do Ferreira, liderados por Antônio Sales, funda a Padaria Espiritual, agremiação artística e literária com o objetivo espalhar o ‘pão do espírito’ (a literatura e as artes) para todos, com o afã de agitar culturalmente a cidade, tentando tirá-la do marasmo cotidiano. Além de reuniões culturais, os padeiros editavam o jornal O Pão, espaço para publicação de textos literários e divulgação de ideias. O minicurso tem o intuito de apresentar e discutir as representações literárias da vida moderna em Fortaleza publicadas no periódico O Pão, da Padaria Espiritual. Enfatizaremos os textos literários que tratam do cotidiano conturbado da capital cearense, principalmente os que dialogam com o contexto sócio cultural da cidade, tendo como palco principal a Praça do Ferreira e seu entorno (os transeuntes, os cafés, os bondes, as lojas, os boêmios). Para discutir os textos do O Pão e o contexto da Padaria Espiritual, adotaremos a ideia de modernidade desenvolvida pelo poeta francês Charles Baudelaire no ensaio “O pintor da vida moderna” (1869). A ideia de modernidade é de origem estética, mas é profundamente relacionada a uma perspectiva histórica dos registros artísticos das transformações materiais e sociais pelos quais passavam as cidades europeias, no caso de Baudelaire: Paris. Traremos essa discussão para a cidade de Fortaleza, no fim do século XIX, pois a capital tinha o desejo de se modernizar, inspirando-se nas metrópoles europeias. O minicurso é constituído por dois momentos: no primeiro momento (4 horas) será apresentada e discutida a ideia de modernidade por Baudelaire. Além do ensaio “O pintor da vida moderna”, analisaremos o conjunto de poemas que formam “Os quadros parisienses”. No segundo momento (4 horas), serão examinados os textos publicados no Jornal O pão, que expressam as singularidades da modernidade em Fortaleza, com ênfase em poemas, crônicas, ensaios, charadas, textos humorísticos. Além da ideia de modernidade de Baudelaire, contaremos com o suporte historiográfico de Leonardo Mota (1938), Dolor Barreira (1948), José Ramos Tinhorão (1966), Sânzio de Azevedo (1982) e (1996), Eduardo Campos (1985) e Sebastião Rogério Ponte (2001). Esta Oficina está vinculada ao projeto de extensão “O entre-lugar na literatura cearense”, que visa ao fomento da leitura, à divulgação e ao auxílio na formação de pesquisadores na área de literatura cearense, trabalhando com uma abordagem da História da Literatura e da Literatura Comparada, enfatizando a formação, a circulação e a recepção dos autores e de obras literárias produzidas no Ceará, debatendo a contribuição dos escritores cearenses para a formação da literatura brasileira.
Autor: Prof. Me. e Doutorando Charles Ribeiro Pinheiro (UFC)
Coautora: Prof.ª M.ª e Doutoranda Rafaela de Abreu Gomes (UFC)
Orientação: Prof.ª Dr.ª Odalice de Castro Silva (UFC)
Resumo: A cidade de Fortaleza do final do século XIX e início do século XX foi um espaço de riquíssima efervescência cultural e política. O fator gerador dessa agitação foi o rápido desenvolvimento econômico da capital cearense, em virtude da exportação de algodão para a Inglaterra, durante as décadas de 1860-1870. Ocorreu um amplo desenvolvimento material na capital, que poucos anos antes era apenas uma cidade provinciana, cujo centro econômico passou a ser a Praça do Ferreira. O desenvolvimento material da cidade foi acompanhando pelo cultural, pois a expansão do comércio em Fortaleza ensejou no progresso intelectual da província, cenário em que novas ideias e novas tendências estéticas e literárias começaram a fermentar nas ruas, praças, cafés, livrarias, clubes, agremiações literárias. No início da década de 1890, um grupo de jovens literatos e boêmios que frequentavam o Café Java, na Praça do Ferreira, liderados por Antônio Sales, funda a Padaria Espiritual, agremiação artística e literária com o objetivo espalhar o ‘pão do espírito’ (a literatura e as artes) para todos, com o afã de agitar culturalmente a cidade, tentando tirá-la do marasmo cotidiano. Além de reuniões culturais, os padeiros editavam o jornal O Pão, espaço para publicação de textos literários e divulgação de ideias. O minicurso tem o intuito de apresentar e discutir as representações literárias da vida moderna em Fortaleza publicadas no periódico O Pão, da Padaria Espiritual. Enfatizaremos os textos literários que tratam do cotidiano conturbado da capital cearense, principalmente os que dialogam com o contexto sócio cultural da cidade, tendo como palco principal a Praça do Ferreira e seu entorno (os transeuntes, os cafés, os bondes, as lojas, os boêmios). Para discutir os textos do O Pão e o contexto da Padaria Espiritual, adotaremos a ideia de modernidade desenvolvida pelo poeta francês Charles Baudelaire no ensaio “O pintor da vida moderna” (1869). A ideia de modernidade é de origem estética, mas é profundamente relacionada a uma perspectiva histórica dos registros artísticos das transformações materiais e sociais pelos quais passavam as cidades europeias, no caso de Baudelaire: Paris. Traremos essa discussão para a cidade de Fortaleza, no fim do século XIX, pois a capital tinha o desejo de se modernizar, inspirando-se nas metrópoles europeias. O minicurso é constituído por dois momentos: no primeiro momento (4 horas) será apresentada e discutida a ideia de modernidade por Baudelaire. Além do ensaio “O pintor da vida moderna”, analisaremos o conjunto de poemas que formam “Os quadros parisienses”. No segundo momento (4 horas), serão examinados os textos publicados no Jornal O pão, que expressam as singularidades da modernidade em Fortaleza, com ênfase em poemas, crônicas, ensaios, charadas, textos humorísticos. Além da ideia de modernidade de Baudelaire, contaremos com o suporte historiográfico de Leonardo Mota (1938), Dolor Barreira (1948), José Ramos Tinhorão (1966), Sânzio de Azevedo (1982) e (1996), Eduardo Campos (1985) e Sebastião Rogério Ponte (2001). Esta Oficina está vinculada ao projeto de extensão “O entre-lugar na literatura cearense”, que visa ao fomento da leitura, à divulgação e ao auxílio na formação de pesquisadores na área de literatura cearense, trabalhando com uma abordagem da História da Literatura e da Literatura Comparada, enfatizando a formação, a circulação e a recepção dos autores e de obras literárias produzidas no Ceará, debatendo a contribuição dos escritores cearenses para a formação da literatura brasileira.
domingo, 4 de setembro de 2016
Inscrições GT Literatura, leitura e imaginário
Olá,
convidamos a todos(as) para participar do Grupo de Trabalho ‘Literatura,
leitura e imaginário”, que ocorrerá nos dias 19, 20 e 21 de
outubro, durante a X Semana de Humanidades, na
UFC. O GT tem como objetivo discutir a importância da leitura do texto
literário para uma formação individual e coletiva, com ênfase em aspectos
estéticos, críticos, sociais e lúdicos. O GT é realizado pelo Grupo de Pesquisa
“Espaços
de leitura: cânones e bibliotecas”, coordenado pela Prof.ª Dr.ª
Odalice de Castro Silva, Professora Titular de Teoria literária e Literatura
Comparada da UFC.
INSCRIÇÕES
Inscrição no Evento: http://goo.gl/reieLh
INSCRIÇÕES
*
Enviar resumo das comunicações orais, até o dia 25/09, para:
e-mail: abreurafaela@live.com.ptInscrição no Evento: http://goo.gl/reieLh
Coordenação do GT:
Prof.ª
Rafaela de Abreu Gomes (Doutoranda/ UFC);
Prof.
Charles Ribeiro Pinheiro (Doutorando/UFC).
Mais informações em:
Facebook: X Semana de Humanidades UFC
Facebook:Entre-lugar na Literatura Cearense
Blog:
entrelugarliteraturacearense.blospot.com
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Mesa de Debate - "Literatura para quê?" no IV Seminário Jangada Literária
O Projeto de extensão "O Entre-lugar na Literatura cearense", coordenado pelo professor Charles Ribeiro Pinheiro e os alunos de doutorado da Pós-graduação em Literatura Comparada da UFC e membros do grupo de pesquisa - "Espaço de leitura: Cânones e bibliotecas", marcarão presença no IV Seminário de Bibliotecas: Ampliando a Rede para a
Construção do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca
de Fortaleza, organizado pela Rede de Leitura Jangada Literária.
A mesa intitulada "Literatura para quê? - a contribuição dos estudos literários para as políticas públicas do livro”, com a presença dos professores
Me. e doutorando Wesclei Ribeiro da Cunha (UFC),
M.ª e doutoranda Rafaela de Abreu Gomes (UFC);
Me. e doutorando Charles Ribeiro Pinheiro (UFC)
e mediação de Aline Monteiro, integrante da Rede Jangada Literária.
Além da discussão do PMLLLB de Fortaleza e do fortalecimento das Bibliotecas comunitárias, haverá uma homenagem à Padaria Espiritual, agremiação cultural mais original e irreverente que ocorreu no Ceará.
Me. e doutorando Wesclei Ribeiro da Cunha (UFC),
M.ª e doutoranda Rafaela de Abreu Gomes (UFC);
Me. e doutorando Charles Ribeiro Pinheiro (UFC)
e mediação de Aline Monteiro, integrante da Rede Jangada Literária.
Além da discussão do PMLLLB de Fortaleza e do fortalecimento das Bibliotecas comunitárias, haverá uma homenagem à Padaria Espiritual, agremiação cultural mais original e irreverente que ocorreu no Ceará.
Faça sua inscrição gratuita no link: https://goo.gl/forms/Atev9l6x88moojog1
Página do evento do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/309694176056302/
Página do evento do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/309694176056302/
terça-feira, 30 de agosto de 2016
IV Seminário Jangada Literária
A Rede de Leitura Jangada Literária tem o prazer em convidá-los para
participar do IV Seminário de Bibliotecas: Ampliando a Rede para a
Construção do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca
de Fortaleza
Além da discussão do PMLLLB de Fortaleza e do fortalecimento das Bibliotecas comunitárias, haverá uma homenagem à Padaria Espiritual, agremiação cultural mais original e irreverente que ocorreu no Ceará.
Faça sua inscrição gratuita no link: Inscrições
Site do evento:Jangada Literária
Página do evento do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/309694176056302/
Além da discussão do PMLLLB de Fortaleza e do fortalecimento das Bibliotecas comunitárias, haverá uma homenagem à Padaria Espiritual, agremiação cultural mais original e irreverente que ocorreu no Ceará.
Faça sua inscrição gratuita no link: Inscrições
Site do evento:Jangada Literária
Página do evento do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/309694176056302/
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Inscrições para nova turma Iluminuras -
Estão abertas as inscrições para a nova turma do Iluminuras! O Projeto Iluminuras, que entrelaça a arte literária e a arte dos bordados, nesse semestre (2016/1), irá trabalhar a obra do escritor mineiro Guimarães Rosa, com
o conto "O recado do morro", que está na obra 'Corpo de Baile'.
O curso de extensão é vinculado a Biblioteca de Ciências Humanas da UFC, coordenado pela Profª Drª Neuma Cavalcante.
O curso de extensão é vinculado a Biblioteca de Ciências Humanas da UFC, coordenado pela Profª Drª Neuma Cavalcante.
Inscrições podem ser realizadas através do email:
acervodoescritorcearense@gmail.com (envie seu nome completo e telefone de contato)
acervodoescritorcearense@gmail.com (envie seu nome completo e telefone de contato)
-Período do curso: abril - julho de 2016
-Encontros todas as sextas na Biblioteca de Ciências Humanas da UFC - CH1 - Benfica I
-Horário: 14h às 17h
-Encontros todas as sextas na Biblioteca de Ciências Humanas da UFC - CH1 - Benfica I
-Horário: 14h às 17h
Endereço: Av. da Universidade, 2683 - Bloco 4 - Benfica - CEP 60020-970 - Fortaleza - CE
Estão todos convidados!
Mais informações na página Iluminuras
sábado, 30 de janeiro de 2016
À espera dos bárbaros - Konstantinos Kaváfis
O que esperamos na ágora reunidos?
É que os bárbaros chegam hoje.
Por que tanta apatia no senado?
Os senadores não legislam mais?
É que os bárbaros chegam hoje.
Que leis hão de fazer os senadores?
Os bárbaros que chegam as farão.
Por que o imperador se ergueu tão cedo
e de coroa solene se assentou
em seu trono, à porta magna da cidade?
É que os bárbaros chegam hoje.
O nosso imperador conta saudar
o chefe deles. Tem pronto para dar-lhe
um pergaminho no qual estão escritos
muitos nomes e títulos.
Por que hoje os dois cônsules e os pretores
usam togas de púrpura, bordadas,
e pulseiras com grandes ametistas
e anéis com tais brilhantes e esmeraldas?
Por que hoje empunham bastões tão preciosos
de ouro e prata finamente cravejados?
É que os bárbaros chegam hoje,
tais coisas os deslumbram.
Por que não vêm os dignos oradores
derramar o seu verbo como sempre?
É que os bárbaros chegam hoje
e aborrecem arengas, eloqüências.
Por que subitamente esta inquietude?
(Que seriedade nas fisionomias!)
Por que tão rápido as ruas se esvaziam
e todos voltam para casa preocupados?
Porque é já noite, os bárbaros não vêm
e gente recém-chegada das fronteiras
diz que não há mais bárbaros.
Sem bárbaros o que será de nós?
Ah! eles eram uma solução.
Tradução José Paulo Paes
Trechos 'Dos canibais", por Michel de Montaigne
MONTAIGNE, Michel. “Capítulo XXXI: Dos Canibais”. In: Ensaios. 1ª. Edição. Os Pensadores. Volume XI. São Paulo: Abril, 1972.
"Penso que há mais barbárie em comer um homem vivo que morto, dilacerar com tormentos e martírios um corpo ainda cheio de vitalidade, assá-lo lentamente e arrojá-lo aos cães e aos porcos, que o mordem e martirizam (como vimos recentemente, e não lemos, entre vizinhos e concidadãos, e não entre antigos inimigos, e, o que é pior, sob pretexto de piedade e de religião) que em o assar e comer depois de morto".
"Voltando ao meu assunto, creio que não há nada de bárbaro ou de selvagem nessa nação, a julgar pelo que me foi referido; sucede, porém, que classificamos de barbárie o que é alheio aos nossos costumes; dir-se-ia que não temos da verdade e da razão outro ponto de referência que o exemplo e a ideia das opiniões e usos do país a que pertencemos. Neste, a religião é sempre perfeita, perfeito o governo, perfeito e irrepreensível o uso de todas as coisas. Aqueles povos são selvagens na medida em que chamamos selvagens aos frutos que a natureza germina e espontaneamente produz; na verdade, melhor deveríamos chamar selvagens aos que alteramos por nosso artifício e desviamos da ordem comum. Nos primeiros, as verdades são vivas e vigorosas, e as virtudes e propriedades mais úteis e naturais do que nos últimos, virtudes e propriedades que nós abastar damos e acomodamos ao prazer do nosso gosto corrompido. E, todavia, em diversos frutos daquelas regiões, que se desenvolvem sem cultivo, o sabor e a delicadeza são excelentes ao gosto, comparando-os com os nossos."
Indicações de leitura sobre Entre-lugar e Cultura
Sobre a última aula do Curso, o artigo discutido do crítico e escritor Silviano Santiago, “O
entre-lugar do discurso latino-americano”
cujo link para leitura: https://goo.gl/jEa8Oq
É um excelente e instigante texto para auxiliar o estudo sobre a problemática literária em relação entre a "Metrópole" e a "província", entre autonomia e dependência cultural, debate pertinente aos estudos de História da Literatura e do Comparatismo.
Para aprofundar esse estudo, recomendamos a litura do livro Uma Literatura nos Trópicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.
cujo link para leitura: https://goo.gl/jEa8Oq
É um excelente e instigante texto para auxiliar o estudo sobre a problemática literária em relação entre a "Metrópole" e a "província", entre autonomia e dependência cultural, debate pertinente aos estudos de História da Literatura e do Comparatismo.
Para aprofundar esse estudo, recomendamos a litura do livro Uma Literatura nos Trópicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.
Outra recomendação importante é o do pensador Homi Bhabha (professor doutor “Anne F. Rothenberg” de Humanidades, diretor do Centro de Humanidades Mahindra, conselheiro sênior do presidente e reitor da Universidade Harvard, EUA) o seu livro O local da Cultura.
Homi K. Bhabha. O local da cultura. Tradução de Myriam Ávila,
Eliana Lourenço de Lima Reis, Gláucia Renate Gonçalves. – 2. ed. –
Belo Horizonte : Editora UFMG, 2013.
A seguir, um trecho do livro disponibilizado pelo site da Livraria cultura.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Novo espaço para o 8 Encontro do Curso de Literatura Cearense
Olá, caros alunos e alunas.
Desde ontem, a Biblioteca está sem energia, devido a uma manutenção elétrica.
Então, o nosso encontro de hoje ocorrerá em uma sala do Bloco Didático do Curso de Letras, que é o prédio que fica em frente à entrada da Biblioteca de Ciências Humanas.
Podem se dirigir diretamente para lá.
Até mais.
Professor Charles Ribeiro
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
Sobre o adiamento da Aula do dia 14 de Janeiro
Olá, sobre o adiamento do Curso de Extensão em Literatura Cearense.
Para aqueles que compareceram hoje à Biblioteca, infelizmente não tivemos o encontro devido a um contratempo em virtude da reforma da Biblioteca. A diretora estava ciente do contratempo e enviarei uma mensagem com uma reclamação formal.
Já enviei um e-mail a vocês detalhando mais o ocorrido.
Espero agora, resolver com vocês a reposição da aula.
Sei que todos têm atividades distintas, tanto acadêmicas, quanto de trabalho, e esperamos chegar uma solução que contemple a todos.
Peço que me indiquem a disponibilidade de vocês no período da tarde no outros dias da semana.
Faço a seguinte proposta - qual seria o ideal para repor a aula: realizar dois encontros numa semana, na semana que vem ou na outra; ou passar a aula para a semana seguinte, levando o Curso a ser concluído na semana posterior (a última aula seria no dia 04 de fevereiro, ser for para o dia 11, é a quinta após a quarta feira de cinzas)?
Independente da solução a ser acertada, a aula de hoje foi abonada para todos, e se caso a aula for marcada em outro dia da semana, o aluno que não comparecer não receberá falta.
Então aguardo a resposta de vocês.
Mais uma vez, peço desculpas pelo ocorrido.
Charles
Charles
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
História cosmológica do boi - Poeta de Meia-Tigela
O poema formado por quatro sonetos, "História cosmológica do boi", foi publicado no livro Memorial
de Bárbara de Alencar e outros poemas (2008). O poema é constituído por quatro quadros que apresentam narrativas míticas e históricas sobre bois, que atravessaram eras e se entraram na pele e no coração das pessoas. São imagens poéticas que unem, no tempo e espaço, o arcaico e o pop, o folclórico e o religioso, o ocidente o o oriente, o nordeste e o estrangeiro, um rico dialogo de tradições.
HISTÓRIA COSMOLÓGICA DO BOI
Para Rosemberg Cariry
O Boi quem não viu,
Não sabe o que é bom.
Melhor que bombril,
Melhor que bombom.
l. O BOI ORIGINAL
No princípio dos tempos, Arimã
Não dominava tudo com Seu Mal.
Mas logo procurou difundir Caos
Matando o Homem Perfeito e à Terra sã.
Esse malvado amigo de Satã
Deu fim mesmo no Boi Original.
Nem grão de açúcar nem pedra de sal,
Ninguém restou, adeus linda manhã.
Opa, aguardem que o Bem já se revolta
Prometendo estar em breve de volta,
Do Boi salvando os restos, o cadáver.
Donde nascerão belas Terras outras
E homens bonitos como Jão Travolta,
Mulheres maravilhas, Avas Gardners.
O Poeta de Meia-Tigela
O
Poeta de Meia-Tigela (Alves de Aquino), natural de Fortaleza CE, 1974,
participou em 2007, da Antologia Massanova
– Poesia Contemporânea Brasileira. É autor de: Memorial
Bárbara de Alencar & Outros Poemas (2008); Concerto Nº 1nico em Mim Maior Para
Palavra e Orquestra. Poema: Combinação de Realidades Puramente
Imaginárias [Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2010]; Mutirão; Expressão
Gráfica e Editora
[2014] Miravilha
– Liriai
O Campo dos Olhos
[Confraria do Vento, 2015].
Sobre a sua condição poética, assim ele se expressa:
Tigelimerick
Era um Poeta só de Meia-
Tigela: bem se lhe nomeia
Talvez até nem
Tivesse também
Essa metade — meio-Meia
A outra metade da tigela somos nós, os leitores.